2 de abril de 2012

Capítulo 16 - Parte II

Zac não sabia se olhava pra mim, ou pro sapatinho que eu segurava.Até que depois da santa indecisão, ele proferiu algumas palavras emocionadas.
-Estamos grávidos?
-Aham... –Nos beijamos chorando.
Ah como eu estava feliz.Passamos o resto do dia apenas fazendo planos.
-Já que ingressamos nessa de ser pais, não vamos esperar muito pra ter outro.
-Calma meu amor! Nem nasceu esse e você já quer mais um?
-Mais é claro.É sempre bom repetir a dose!
-Claro.E da próxima vez, quem vai dar a luz vai ser você!
-Ai amor...Que insensibilidade!
-Num é você que vai sofrer na mesa de parto daqui nove meses!
-Eu te amo! Muito!
-Eu te amo Zac! Nunca se esqueça disso!

(Três dias depois...)

Pois é, estava tudo muito lindo, tudo muito bom, mas estava na hora de voltar pra realidade. O nosso tão indesejado dia de voltar pra São Francisco chegou. Nossa embarque era as seis e meia.
-Pegou tudo amor? –Zac disse pegando as ultimas malas e colocando no carro.
-Peguei! Acho que peguei. Sabe quando você esta com a sensação de que está esquecendo de alguma coisa? –Disse com a mãe no queixo.
-Que tal isso? –Zac me jogou o celular na mão.
-Ah sim. Agora podemos ir!
Encaminhamos-nos pro carro, fechamos toda a casa e levamos a chave ate a casa do caseiro que ficava a umas duas quadras dali. Chegando no aeroporto, senti uma leve pontada no peito, era como se fosse um pressentimento de que algo de ruim estava pra acontecer, mas logo foi embora quando olhei para Zac e ele abriu aquele sorriso luminoso que eu tanto amo.
A viajem foi muito rápida.Parece  que em um piscar de olhos, estávamos aterrissando em São Francisco. Quando coloquei os pés no saguão do aeroporto, me veio à lembrança daquele dia em que estávamos indo pra Madri e eu disse a mim mesma “Voltarei uma mulher!” E aqui estou eu. Uma mulher, futura mamãe e realizada. Completamente realizada.
-Alô? –Zac atendeu seu celular.
-Filho!!! Que saudades da sua voz!
-Oi mãe! Estamos com saudades de vocês também.
-Olha, o carro de vocês está onde combinamos. E venham pra casa dos Hudgens! Estamos todos aqui a espera de vocês!
-Ta bom! –Desligou o celular.
-Mãe?
-Sim. Ela disse que estão todos nos esperando na sua casa....Quer dizer Ex. casa.
Saímos do saguão e nos encaminhamos pra saída
 
(No carro...)

-Ai, que saudades da minha cidade... Da mamãe, do papai...Da Stella... –Me afundei no banco do carro e observei a janela.
-Dona Starla vai ficar muito feliz quando souber que vai ser vovó. –Levou a mão sobre meu ventre.
-Todos vão amor! –Coloquei a mão em cima da dele.
-Vai ser bem diferente daqui pra frente. –Se concentrou na estrada.
-Muito... Mas ainda tem tempo pra nos organizar.
-Eu te amo Vanessa Hudgens Efron! Mãe dos meus filhos.
-Eu te amo Zac Efron! Pai dos meus filhos.
-Me promete uma coisa? –Zac voltou o olhar pra mim.
-O que você quiser!
-Me promet... –E não vimos mais nada.
Nosso carro se chocou de frente com outro que eu não sei de onde veio. Com a pancada, vinha outro carro no mesmo sentido e nos fez dar quatro voltas no ar.
-Vanessa? Amor? Está bem? –Zac disse sangrando.
-Aaii Zac, ta doendo muito....Aiaiai que dor... –Me contorcia de dor no banco de carro com as mãos no ventre e presa pelo cinto de segurança pois estávamos de cabeça pra baixo.
-Meu amor... –Desmaiou.
-Zac? Zac? Ai meu Deus... –Disse desesperada.
-Eu te disse que não era pra você ficar com outra pessoa não disse?
-Josh? Meu Deus... Por quê? –Não vi mais nada, pois desmaiei de dor.
Seguimos em alta velocidade na ambulância pro hospital, pois cada momento era crucial para nossas vidas.

Depois de duas horas e meia, todos os Hudgens e Efron estavam em massa no hospital em busca de noticias.
-Doutor? –Jullyana, enfermeira lhe chamou. –Ali estão os parentes das vitimas.
-Meu Deus, daí-me força pra dar essa noticia. –Ghiovannyh pegou os papeis do balcão.
-Súbito?
-Súbito! Era novinho ainda. Nem tinha se formado direito.
-Queres que eu dê a noticia?
-Não! Pode deixar, eu sou o medico e ele vão cobrar por respostas... Não se preocupe!
Ghiovannyh se encaminhou ate o corredor onde todos estavam, uns de pé e os mais abatidos sentados.
-Boa tarde!
-Doutor... –Gina e Starla disseram juntas.
-Prazer. –Cumprimentou com as mãos. –Meu nome é Ghiovannyh Del Castanhell, e sou clinico geral e obstetra. Bom, vou começar com Zachary David Alexander Efron, que é filhos de...
-Nós doutor! Starla Baskett e David Efron.
-Bom, o estado dele agora é estável. Ainda esta sobre os efeitos dos tranqüilizantes, mas logo logo ele acordará. O que ele teve, basicamente foi um coágulo na cabeça na altura do crânio, mas que já foi drenado, e uma fratura interna na clavícula esquerda. E por isso, devera usar tipóia por dois meses. A cirurgia de colocação no seu devido lugar também já foi realizada e agora, como eu já disse, o seu estado é estável. Quando ele despertar poderá receber visitas.
-E a minha filha doutor? –Gina perguntou desesperada.
-Vanessa Anne Hudgens Efron?
-Isso...
-Bom, o caso dela foi um pouco mais grave. Acreditem, mesmo com toda a minha experiência no ramo, nunca foi e nunca será uma noticia fácil de se dar. Creio que todos saibam que Vanessa estava grávida.
-Grávida? Como assim doutor? Eu vou ser avó? –Gina se animou.
-Perdoe-me, mas vocês não sabiam que ela estava grávida? –Ouve um grande momento de silencio. –Bom, acredito que esse silencio seja a confirmação de que ninguém sabia. Mas enfim, prosseguindo, Vanessa estava grávida de um mês e três semanas. Mas, como o acidente foi muito brusco, infelizmente, ela teve um aborto súbito.E mesmo com todos os métodos da medicina, não consegui salvar a criança.
-Meu Deus, meu Deus... Minha filha... Minha menina... –Gina se desabou em choros no corredor.
-E qual é o estado dela agora doutor? –Ashley tentava se manter firme.
-Eu fiz tudo que pude por ela e pelo bebe, mas infelizmente não consegui salvar a criança. O que ela teve foi uma hemorragia interna na parede do útero devido ao aborto, causando assim, a impossibilidade, pelo menos de imediato a geração de outra criança, pois isso pode levar a outro aborto e também a morte súbita da mãe.
-Espera ai doutor... Então o senhor está querendo me dizer que a minha filha se tornou infértil? É isso?
-Bom, como eu disse, de imediato, seria impossível a geração de outro feto, apenas com tratamentos de longas datas, quem sabe ela possa vir a gerar outra criança.
Todos ali ficaram abaladissimos com a noticia.
-Já acordaram?
-Ele acordou doutor!
-Quanto menos poupa-lhes da noticia, melhor. Assim que ela acordar, me avise. Vou até o quarto dele.
-E ai campeão?
-Oi Ghiovannyh.
-Com dor?
-Um pouco... Mas nada que não possa suportar.
-É... Você lembra quando éramos menores, e você fazia manha pra tudo?
-Ah, isso não consigo esquecer! Principalmente que você perdia todas.
-Ei, nem era bem assim ta?
-Não é... Rum! Você está me escondendo alguma coisa! Manda...
-Será cara?
-Quero saber como o meu filho e a minha esposa estão. Fale antes que eu tenha um derrame aqui.
-Cara, acredite, mesmo pra você, que tenho maior afinidade, é difícil falar uma coisa dessas, mas infelizmente, não consegui salvar teu filho. –Zac baixou a cabeça, e uma lagrima rolou do rosto dele. –Desculpa cara, mas eu não consegui fazer nada. Ela teve um aborto súbito.
-E como ela está agora? –Zac se conteve pra não soltar o choro.
-Dormindo... Mas você vai ter que ser forte cara. Devido ao aborto, ela está impossibilitada de ter outro filho agora.
-Com licença doutor. Não quero atrapalhar, mas a paciente acordou.
-Obrigado Jullyana.
-É ela?
-É cara...Eu vou lá! Se mantenha forte! Sei que é difícil, mas por ela, que vai precisar tanto de você nesse momento.
-Valeu pela força!
Ghiovannyh se encaminhou para o quarto, e antes de abrir a porta, pediu a Deus para que ele lhe cobrisse com o seu sangue.
-Com licença.
-Olá!
-Vejo que está melhor.
-Melhorando...
-Minha querida, não vou ficar fazendo rodeios. Não quero que você sofra, mas é meio que impossível que isso não aconteça.
-Por favor doutor, não me esconda nada.
-Olhe... –Pegou em minhas mãos. –Vocês tem que de ser fortes. Vocês vão conseguir superar.
-Fala logo doutor! –Disse desesperada.
-Me desculpe, as eu não pude fazer nada pelo seu bebe.
-NÃO...-Berrei e me desabei em choros. NÃO, NÃO! VOCÊ ESTÁ MENTINDO PRA MIM! NÃO PODE SER VERDADE! NÃO PODE! – As enfermeiras entraram no quarto e tentaram me segurar, pois eu me batia muito. –EU MATO AQUI DESGRAÇADO... –Batia com as mãos na cama. –EU MATO AQUELE DESGRAÇADO...-Stella entrou no quarto e me abraçou. –EU MATO ELE STELLA, EU MATO ELE!
Depois de chorar e me espernear, acabei pegando no sono. Mas uma dor incontrolável me cortava o peito. Dor de perda, de angustia, de sofrimento e de ódio. Eu sabia quem tinha feito eu perder meu filho e as chances de poder gerar outro, e assim que eu saísse daquele maldito lugar, eu ia fazer vingança com as minhas próprias mãos.





 Fiquei nessa situação quando eu estava escrevendo, pareçe que eu sentia a dor que ela estava sentindo quando o médico deu a notícia.
Capítulo em maior clima tristonho né Girls? E pareçe que no proximo vai ficar pior! 

Então, sem mais demora, vou-me indo!
Bessos
Fiquem com Deus


3 comentários:

Maaaaay ' disse...

oooh mey Deus... que capítulo trsite :'(

Vaal O_o disse...

MUUUIIIITTTTTTTTTHO!
BAUABUBAUBAUBAUBAUBAU'
devi ce embaçado perde um nenem...

Joooh ;) disse...

Complicadu... Triste aqui!
magine ce num vai ser dolooroso recebe uma noticia dessa? total...